A perda auditiva associada à idade, a chamada Presbiacusia, acomete a maior parte dos idosos. Isso porque, com o passar dos anos, há um processo de envelhecimento e degeneração dos tecidos e estruturas que compõem a audição.
Por ser um processo lento e progressivo, muitas vezes o idoso não percebe logo no início a piora de sua audição, notando-a em graus já avançados.
Essa perda auditiva do idoso não é simplesmente uma dificuldade de ouvir sons. Ela compromete a capacidade de modulação do som. Na prática, isso significa que o idoso, além de não conseguir ouvir sons relativamente baixos, se sente incomodado com intensidades relativamente altas que não seriam incômodas para quem não tem perda auditiva.
Por exemplo, quando vamos falar com um idoso e ele não ouve de primeira, aumentamos exageradamente o volume da nossa voz, até que ele diz “Calma, não precisa gritar!”. Assim, a faixa de intensidade sonora confortável para um idoso é bem mais estreita do que na audição normal.
Tudo isso não prejudica somente a interpretação dos sons, mas principalmente a qualidade de vida do idoso, que acaba se isolando socialmente pelas dificuldades em se comunicar, gerando muitas vezes sintomas depressivos, baixa autoestima e declínio cognitivo.
Por isso, é muito importante que familiares e amigos de idosos, ao perceber alguma dificuldade auditiva, tenham a sensibilidade de acolhê-los, ampará-los e sugerir uma consulta otorrinolaringológica para avaliação auditiva. Caso a adaptação de aparelho auditivo seja a solução proposta, o suporte familiar também é fundamental, já que é comum o idoso não querer incomodar e gerar gastos, mesmo que seja para ajudá-lo a viver melhor e mais integrado.
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