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Gotas nasais: o pesadelo de todo otorrino

As gotas nasais costumam ser usadas de forma indiscriminada por muitas pessoas que sentem o nariz congestionado. Como, por enquanto, diversas marcas podem ser compradas com facilidade e sem prescrição médica, essas pessoas acabam se automedicando, tendo a falsa sensação de que estão resolvendo o problema, mas na verdade, acabam gerando outro: o vício.


O risco é tão grande, que está em tramitação um Projeto de Lei PL 1478/21, que prevê a retenção da receita para compra desses medicamentos.


Isso porque essas gotas contêm substâncias vasoconstritoras, ou seja, quando aplicadas na parte interna do nariz, fazem com que os vasos se contraiam, liberando temporariamente a passagem de ar e promovendo um alívio instantâneo. Mas, depois de algumas horas, acontece o efeito rebote, causando uma obstrução ainda maior.


Esse efeito faz com que seus usuários se tornem dependentes do medicamento, sentindo a necessidade de utilizá-lo a todo instante e levá-lo para todos os lugares. Há, inclusive, quem não durma sem um destes ao lado da cama. Esse uso excessivo pode também gerar outros efeitos adversos, como taquicardia, cefaleia, sonolência, agitação etc.


Mas, então, o que fazer em caso de congestão nasal?


A prática diária da lavagem nasal com soro fisiológico a 0,9% é a melhor maneira para limpar o nariz e mantê-lo descongestionado. Caso a congestão seja decorrente de sinusites, rinites ou resfriados, o ideal é passar pela avaliação clínica de um otorrinolaringologista, que poderá indicar o melhor tratamento para casos específicos.

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