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Os perigos da perda do olfato e do paladar



Nossa principal preocupação ao atender um paciente com anosmia (perda total do olfato) e ageusia (perda total do paladar) é a sua segurança. Já pensou no perigo de comer comida estragada e não perceber? De não ser capaz de detectar o cheiro de fumaça da comida queimando? E pior, imagina o risco de não conseguir sentir o cheiro de vazamento de gás e de um incêndio? A percepção de que sofremos algum prejuízo no olfato ou no paladar geralmente não é imediata. Apesar de estarmos constantemente sentindo cheiros dos odores do ambiente, só percebemos alterações quando somos submetidos a um estímulo intenso e não temos a sensação que esperávamos. A maioria dos pacientes com COVID-19 e perda do olfato que atendi só perceberam essa alteração quando estranharam o café ou o perfume que estão habituados ou porque acharam sem gosto o jantar que as outras pessoas adoraram. Situações que incomodam bastante mas que por si só não restrigem nossas atividades diárias e, reforçadas pela sensação de que vão melhorar naturalmente, acabam perigosamente relegando as alterações no olfato e no paladar a um segundo plano.

Por isso, em primeiro lugar, caso apresente uma perda súbita no olfato ou no paladar, redobre sua atenção nas atividades diárias para evitar acidentes domésticos. Proteja-se e também sua família porque além de tudo, neste momento da pandemia, até que se prove o contrário, existe uma chance grande de estar com COVID-19. E não subestime o impacto destas queixas: por mais que a maioria dos pacientes com COVID-19 recupere a capacidade de sentir cheiros e gostos após 1 mês, procure seu otorrinolaringologista para programarem uma estratégia terapêutica para evitar os possíveis e significativos impactos de uma perda definitiva do olfato e do paladar.

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